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Senhor Patriarca,

É com muita Alegria que saúdo Vossa Eminência, que se digna presidir a esta celebração, para a qual nos convocou!

A nossa presença, hoje, manifesta o desejo de ser sal da terra e luz do Mundo, ao serviço de Deus e da Igreja, fazendo da vida um projecto partilhado. Pelos dons e talentos que nos permitiram aqui chegar, louvamos a Deus e Lhe damos Graças pelo que nos concedeu, fazendo-nos Suas testemunhas.

O fim desta etapa significa o início de uma nova, onde partilhar a vida significa ousar tomar decisões definitivas, como nos pede o Papa, assumindo e vivendo plenamente a vocação a que o Senhor nos chama; significa também pôr ao serviço dos outros, em especial dos que mais precisam, a competência exigente nas ciências, nas artes e nas técnicas, mas, sobretudo, a sabedoria do Evangelho, contribuindo para edificar uma sociedade mais justa e dignificante do ser humano, fruto de um saber fecundo, onde o medo e a ignorância não tenham lugar.

Somos muitos!, e nesta assembleia estão reunidas diversas atitudes de fé. Num mundo onde o relativismo assume um lugar de respeitosa tolerância, possamos nós, reunidos em Igreja, ser exemplo de verdadeira comunhão e de unidade na diversidade. Diz-nos S. Paulo que «há diversidade de dons, (…) de serviços (…) diversos modos de agir, mas [que] é o mesmo Deus que realiza tudo em todos» (1 Cor 4-8). Saibamos nós seguir estes ensinamentos, fazendo com que permaneçam e dêem frutos, ao aproximarmo-nos do final do seu ano jubilar.

Estamos conscientes de que a Missão a que hoje somos chamados implica um compromisso sério connosco próprios, com Cristo e com os outros, no contexto histórico e cultural em que vivemos. Por essa razão, temos presente a pobreza material, relacional, moral e espiritual que ameaça e destrói a Paz, ameaça que devemos combater através de um código de ética humano, comum a todos os saberes, e que deve promover a Vida desde a concepção até à morte natural; que deve defender a igualdade de oportunidades, sobretudo na educação para a cidadania; que se deve empenhar na defesa da Família; que deve acolher todos e cada um na sua diferença, num Mundo onde o fenómeno da globalização decorre do desenvolvimento das tecnologias e que por isso implica um profundo desenvolvimento das relações humanas.

Certamente que as dificuldades serão muitas. De olhos postos em Cristo, «o caminho, a verdade e a vida», teremos sempre um rumo traçado. E à semelhança de São Nuno, possamos combater o bom combate, fortalecidos com a Palavra de Deus, em Oração.

É por tudo isto que estamos ao dispor da Igreja, e do Senhor Patriarca, para contribuir e participar na construção de um Mundo melhor!

Maria-Psicologia


Lisboa, Alameda da Universidade, 16 de Maio de 2009